terça-feira, 10 de setembro de 2013

Reflexões. :)

 Voltei pra casa feliz e com vontade de escrever. (Post longo, já entendeu né?)

 Primeiro andava muito desanimada com o francês. Sério, amanhã farão quatro semanas. (Pausa pra reler essa frase e 'realizar'). E não parecem quatro semanas. Parece que cheguei ontem!
Eu poderia dizer que esta sendo muito mais difícil do que o que realmente esta. Mais a principal dificuldade é mesmo o francês. Acho que minha adaptação aqui para todo o restante foi relativamente bem mais fácil do que imaginei que seria. O diretor do nosso centro facilitou muitas coisas em relação a documentos. Os franceses, pelo menos aqui em St-Étienne, são MUITO mais gentis e amigáveis do que imaginei que seriam. E tudo continua sendo uma correria. E muita novidade. O que ocupa a mente, logo não fico lembrando toda hora da imensa saudade de tudo que há de bom em casa.

 Voltando... (Foco) O francês me preocupa. É uma língua difícil, nada fácil como o inglês e cheia de regras estranhas. Imagino que seja como o aprender português para um estrangeiro. Conjugação de verbos é minha maior dificuldade. Então andava voltando pra casa com a sensação de ser uma criança, porque vim pra cá sem saber falar absolutamente nada, e tinha que aprender o básico do que há de mais básico.

 Então eis que hoje me surge uma aula interessante para aprimorar uma das quatro competências necessárias (e testadas no DELF) para se ingressar na faculdade: Produção Escrita. E a professora nos falou logo que vai trabalhar num nível alto, B1, que é o mínimo exigido para se entrar na faculdade, e que precisamos correr com isso... A aula se resumiu sobre falar sobre política, conhecer e entender algumas expressões, introdução, desenvolvimento e conclusão de textos. E eu não sei como consegui compreender tudo que ela disse. Ou que me era requisitado nos exercícios. Mas compreendi. E fiz. (Alguns erros, o que ajuda no aprendizado). E voltei pra casa me sentindo adulta. HAHAHA Estranho, mas o que uma redação (Tá, uma coisa bem mais básica e mais parecida com a estrutura de uma redação) não faz com uma pessoa? É que no Brasil estou acostumada a forçar a minha mente e a produzir coisas de níveis mais altos que aqui. Aqui eu forço bastante, mas de uma forma diferente, e não estimuladora sabe? E fiquei feliz com essa nova abordagem. Espero que continue assim. :)

 Seguindo... Chego em casa e visualizo a foto que postei quando estava dentro do avião. Com toda a adrenalina no corpo, e o medo/excitação com o desconhecido. Nostalgia. Mas de uma forma boa. Nunca me senti nostálgica de uma forma boa (pelo menos não que me lembre), sempre fico um pouquinho triste. Dessa vez, vi que nada é o bicho de sete cabeças que se imagina. Não tive (nem tenho) o medo de viver as experiências que vivi (e viverei) aqui. Tinha receio das coisas básicas. Lavar a roupa. Caminhar na rua. Falar. Eu sabia que seria ótimo, porque tinha (e tenho) a certeza de que Deus me quer aqui, mas estar aqui vivendo há um mês já te dá a sensação de que não é como você imagina, que é mais simples, e ao mesmo tempo tudo igual (isso ficou completamente confuso agora). É igual porque eu sabia que seria assim, que me adaptaria. É diferente porque nunca vivi. E hoje eu sei. Não há aquela sensação de deslumbramento: "Oh Meu Deus, saí do Brasil, isso é assim, aquilo é assado". Uma amiga aqui disse: "Eu achei que até o ar seria diferente! É tudo tão igual." No fim das contas, é todo mundo gente, bem diferente, mas com a mesma essência. Trabalhar, comer, estudar, se divertir, dormir. Viver.

 Resumindo... Fico feliz por tudo. Porque eu não passo de alguém que esta realizando um sonho de uma forma natural sabe? Tô estudando. E ao mesmo tempo vivendo outra cultura. Tendo dificuldades. Tendo surpresas. Alegrias. Saudades. Nostalgia. Vivendo. E há felicidade maior do que viver?

 Que continue sendo o que Deus quiser que seja. ;)
 Au revoir.

Um comentário:

Unknown disse...

Continue VIVENDO, Lay =D E claro escrevendo aquui.. Saudades!!