sábado, 24 de agosto de 2013

#PartiuFrança

Bon jour!


Bem, já estou aqui na França há 10 dias! (10 dias? ) E desde então sinto uma vontade muito grande de registrar tudo aqui no blog. São muitas coisas a contar, muitas estórias... :D


Vou começar pelo início da viagem!

Foi muitíssimo complicado deixar todas as obrigações concluídas no Brasil. Tive que cancelar as cadeiras na faculdade, terminar o estágio curricular em 2 meses, terminar tudo no Laboratório. E ainda pesquisar sobre uma viagem internacional, já que nunca viajei. Depois de uns 6 meses de espera pela confirmação da CAPES, uma vez que sou bolsista pelo programa Ciências sem Fronteiras, surge a confirmação e em 23 dias, no dia 13 de agosto, embarquei, numa noite em que começava a chover no Recife, para um país cujo eu não sei falar absolutamente nada da língua! (E com mais cara do que coragem!)


Sobre a partida, como já falei, foi tudo uma correria, então não tirei fotos, e a imagem que ficará na minha cabeça será a de quando entrei para passar no raio-X antes da sala de embarque, e olhei para trás e vi o meu noivo, a minha mãe, a minha tia Sueli e a minha amiga Ana com lágrimas nos olhos. Não me demorei muito olhando pra eles, mas me senti muito amada nessa hora. Aliás, como várias vezes me senti amada por vários amigos desde o início de tudo.

Laíze, outra bolsista do programa, embarcou comigo no mesmo voo para Frankfurt. Não conversamos no avião, pois sentamos longe, então foram 10 horas sozinha. Aliás, sozinha não. Orei muito a Deus e pedi que me acompanhasse em cada passo. Li umas cartinhas de amigos. Li recados numa camisa do Brasil que ganhei... Mas aí o primeiro impacto: nenhum dos comissários de bordo falava português, o rapaz ao meu lado era americano. E assim atravessei o Oceano Atlântico e parte da Europa, só que agradeci ao cansaço, pois devido a ele, dormi 8 das 10 horas! \o/

Acordei a tempo de observar o velho continente chegando lá embaixo. Uma imagem linda, outra que não esquecerei. De ver o sol nascendo acima das nuvens. De observar como Paris não acabava lá em baixo. E assim que cheguei em Frankfurt pensei: "8 mil quilômetros de casa".

Em Frankfurt.
 Frankfurt tava com um clima agradável, encontramos um pessoal brasileiro que pegaria a mesma conexão que eu para Lyon, e a primeira dificuldade foi com a Imigração. Uma vez que ninguém ali falava alemão, inglês ou francês. A sorte é que existe brasileiro em tudo quanto é canto do mundo, e a Juli, que mora a 5 anos na Alemanha, explicou nossa situação. Imigração vencida! \o/

É Brasil na Alemanha! E Pernambuco no coração!
 O aeroporto de Frankfurt é enorme. A sorte é que é bem sinalizado. Tem WiFi grátis nos primeiros 30 minutos de acesso. Avisei que tava bem pro povo em casa! :D E chegou a hora da conexão. Segundo impacto: francês. Uma coisa é você entender um pouquinho do inglês e conseguir se virar. Outra é não falar nada em francês. E o inglês dos comissários tinha um sotaque muito forte. A sorte: comissária que fala português! (Pouco, mas é um avanço!) :D

;D
 Desembarcamos em Lyon sem muitos problemas, já que foi um voo doméstico. Minha mala chegou quebrada, mas chegou! (Tava morrendo de medo de extravio) E uma argentina, apaixonada pelo nosso País, Sofia, nos ajudou com as bagagens.

Bagagens em Lyon.
Assim que saí da sala de desembarque encontrei a Lorena, que divide apartamento aqui comigo em Saint-Étienne. Foi uma felicidade tão grande vê-la. Encontramos mais brasileiros, nos separamos do pessoal que ia pra Grenoble. Encontrei dois petrolinenes, um indo para Besançon, outro pra Grenoble. E saimos em busca do trêm. Tivemos algumas dificuldades, mas eu já falei que existe brasileiro em tudo quanto é canto? O Thiago estava retornando naquele dia para o Brasil, morava a dois anos na França, nos ajudou com a máquina. Embarcamos no Rhône-Express até a Part Dieu, no centro de Lyon.

Fé e Coragem. :P
Lá mais algumas dificuldades, mas principalmente porque eramos 7 e estávamos com muita bagagem.

Cansaço na Part Dieu
 Passagem comprada, embarcamos, e em 50 minutos, chegamos na estação Chateaucreux de St-Étienne.

Salut Saint-Étienne!
Isabelle, representando o diretor do nosso Centro, nos esperava. Ela nos mostrou mais um trem, esse dentro da cidade mesmo, e cheias de malas partimos novamente. Descemos no Centre Deux, e fomos a pé (pertinho) até a Les Estudines Jules Ferry. Minha residência nos próximos 6 meses, pelo menos.

Estação Chateaucreux.
Deve ter cansado só de ler, imagine com todas aquelas malas! Acrescente a isso mala de Livia extraviada em Lyon, recuperada duas horas depois. Minha mala quebrada. Livia perdendo a bolsa com dinheiro e passaporte no trem. A mala da Lorena quebrando a rodinha. E Livia recuperando o passaporte (não o dinheiro). Ufa!

O Centre Deux é um shopping, exaustas ainda tivemos que ir no supermercado Auchan e fazer umas compras já que no dia seguinte aqui seria feriado. Impacto fortíssimo. "O que vou comer? O que é isso?" Mas essa é uma outra estória! ;)

Desculpe minha incrível ausência de capacidade de síntese. E até breve.